Reajuste médio da tarifa de energia elétrica em Goiás será de 7,22%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira, 18, o reajuste tarifário anual para a Enel Distribuição Goiás.

Segundo o informado pela agência reguladora, o reajuste para a classe de consumo de alta tensão foi, em média, de 10,84%. Para baixa tensão, o reajuste médio ficou em 5,81%. Dessa forma, o efeito médio para o consumidor, segundo a ANEEL, será de 7,22%.

Apesar do aumento, os percentuais aplicados este ano são bem menores do que os de 2021. No ano passado, o reajuste para baixa tensão foi de 17,32%; para alta tensão, de 17,32% e o efeito médio, na época, foi de 16,45%. Para o consumidor residencial (B1), em 2021 o reajuste foi de 16,37%, caindo para 4,82% este ano.

Fazendo um comparativo dos percentuais de 2021 com os de 2022, tem-se que o reajuste de baixa tensão caiu de 17,32% para 5,81% (redução de 11,51 p.p); de alta tensão, de 14,21% para 10,84% (redução de 3,37 p.p). Para o consumidor residencial, de 16,37% para 4,82% (redução de 11,55 p.p) e o efeito médio de 16,45% para 7,22% (redução de 9,23 p.p).

Presidente do CONCEG, João Victor Araújo, avalia reajuste tarifário

De acordo com a ANEEL, os fatores que mais impactaram o cálculo da tarifa foram os custos de encargos setoriais e de aquisição de energia. Para atenuar os efeitos do reajuste, a ANEEL aplicou créditos da devolução do PIS/Cofins, bem como recursos da CDE/ Eletrobras relacionados à modicidade tarifária e do bônus da Conta de Comercialização de Itaipu.

A Enel Distribuição Goiás tem cerca de 3,26 milhões de consumidores. Os índices aprovados pelo colegiado da ANEEL passam a vigorar a partir do dia 22 próximo.

Avaliação

O presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Estado de Goiás (CONCEG), João Victor Araújo, avalia a queda nos percentuais de reajuste, quando comparada a 2021 pode ser considerada positiva.

Por outro lado, assinala que se avaliação considerasse a qualidade do serviço entregue, o reajuste poderia ser ainda menor ou nem deveria ocorrer.

Porém, assinala que o Conselho trabalha sempre para que haja uma política de tarifas mais justas para todos os consumidores, o qual ainda é penalizado pelos altos custos e encargos para receber o produto, ou seja, a energia elétrica.