O presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, participou, recentemente, de reunião do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Estado de Goiás (CONCEG). Na oportunidade, ele falou de vários assuntos, entre eles a Revisão Tarifária Periódica que entrou em vigor no dia 22 de outubro último e sobre os problemas que têm ocorrido em todo estado, de frequentes oscilações e quedas de energia.
Lener Jayme participou da reunião ordinária do colegiado a convite do presidente do Conselho, João Victor Araújo. Participaram também os conselheiros Félix Afonso Fleury Curado, Rogério de Campos Borges, Wilson de Oliveira e Sílvio de Oliveira. Além de Fernanda Faleiro e Romana Gomes, que são da área de Ouvidoria da empresa e atuam junto ao Conselho.
O presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme ressaltou, em sua exposição, o trabalho desenvolvido pelo CONCE na questão da Revisão Tarifária periódica, que ocorre de cinco em cinco anos.
Segundo ele, o trabalho que o Conselho realizou contribuiu para que houvesse um rebaixamento nos índices de reajuste que foram apresentados inicialmente no processo da revisão, que é conduzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL.
Vale ressaltar que nessa revisão, o Conselho buscou a parceria da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Goiás (UFG), para subsidiar as sustentações apresentadas pelo Conselho. Diga-se de passagem, essa defesa foi também elogiada pelo diretor da ANEEL, Ricardo Tilli, relator da Revisão Tarifária.
Assim, essa parceria com a academia e os resultados positivos obtidos no processo da revisão, que ocorre de cinco anos, foram considerados feitos históricos e uma vitória da atual gestão do CONCEG.
A proposta inicial da Revisão previa um reajuste com efeito médio de 6,56% e caiu para 3,54%, ou seja, -3,02% de diferença a menor. Para baixa tensão (faixa que concentra a maioria dos consumidores, sobretudo, residenciais), o efeito médio inicial era de 10,62% e caiu para 7,08% (-3,54% de diferença). Para alta tensão, o efeito médio seria negativo de -3,91% e passou para -5,30% (+1,39% de diferença, porém, de queda).
“Parabenizo o Conselho por essa atuação”, frisou Lener Jayme.
Quedas e oscilações
O presidente da Equatorial, Lener Jayme foi bastante questionado pelos conselheiros, pelas constantes oscilações e quedas de energia que têm ocorrido no estado, tanto na zona urbana como na rural, o que tem gerado muitos transtornos e prejuízos para os consumidores.
Lener Jayme pontuou que esse ano, de agosto para cá, Goiás passou por uma situação atípica de tempestades fora de época e ondas de calor. Neste último caso, a média de consumo provocou um aumento no consumo de energia na casa de 16%.
E, conforme disse, a rede que já vem com cerca de 44% de sobrecarga, como já foi amplamente divulgado, apresentou problemas.
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Lener Jayme lembrou que na primeira reunião com o Conselho, lá no começo do ano, dizia que a Equatorial “não veio vender ilusões em Goiás”. A companhia reconhece os problemas estruturais que o sistema tem e está buscando melhorar o fornecimento com investimentos em todas as regiões do estado. Investimentos, esses, somente no primeiro semestre de 2023, na casa de R$ 1,38 bilhão.
Cobrança
Ainda cobrado pelo CONCEG para que essa situação seja colocada de forma mais ampla para a sociedade, o presidente anunciou que em breve, a Equatorial Goiás irá apresentar “de forma muito transparente” tudo o que está acontecendo no estado, bem como o que já foi feito, o que se está fazendo e o que será feito em relação a novos investimentos.
O presidente do CONCEG, João Victor Araújo, em nome dos demais conselheiros, destacou que a entidade segue cumprindo com o seu papel de cobrar as melhorias e dá o seu crédito de confiança sempre que a Equatorial apresentar investimentos e ações em favor dos consumidores.