Transição Energética: isso está dando o que falar. Entenda!

De uns tempos para cá, tem-se falado muito em transição energética. É um assunto do momento, porque essa questão tem muito a ver com uma série de coisas que estão no nosso dia a dia, entre eles, o advento das mudanças climáticas.

Pensando nisso, o CONCEG Notícias e encontrou na plataforma ABCDEnergia, da Empresa de Pesquisa Energética, um texto explicativo que vai nos ajudar a entender um pouco melhor sobre a transição energética.

Já se sabe, hoje, que as alterações climáticas globais estão muito ligadas às emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela queima de combustíveis fósseis.

Isso desencadeou no mundo, reflexões e iniciativas em direção a uma Transição Energética, ou seja, uma transformação da Matriz Energética.

Para isso, os países estão focados em diminuir a participação de fontes fósseis em suas matrizes, bem como promover ações para aumentar a eficiência energética, o armazenamento de energia e estimular fontes que não emitam GEE na sua operação.

Também têm sido adotadas tecnologias de remoção de carbono emitido (como, por exemplo, a captura, armazenamento e uso de carbono e compensação florestal).

Eureca!

De forma que a tendência é de que o mundo diminua o uso de fontes não renováveis ou emissoras, especialmente o carvão, o óleo combustível e o óleo diesel na geração de eletricidade e aumente o uso das fontes renováveis e não emissoras, como eólica, solar, bioenergia (biocombustíveis líquidos e termelétricas à biomassa e resíduos), hidráulica e nuclear.

Outras possibilidades que se tem discutido bastante são: o uso de Hidrogênio renovável ou de zero-carbono (em especial o Hidrogênio verde e o azul) em vários processos industriais e o uso de grandes Baterias para armazenamento de energia (relembre sobre as baterias em Formas de energia).

Mudanças

A Transição Energética traz também alterações relevantes na geopolítica global da energia, colocando desafios e oportunidades para os diferentes países do mundo.

A Transição Energética acarreta também profundas alterações na base tecnológica, nos padrões de consumo e nas relações socioeconômicas e ambientais, com redução e reaproveitamento de resíduos.

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A própria relação tempo-espaço tende a ser modificada pelo avanço tecnológico. Por exemplo, com a possibilidade de trabalho remoto, espera-se uma alteração no consumo de energia pelos setores comercial e residencial.

A atual Transição Energética é caracterizada pela Descarbonização, Descentralização e Digitalização (3 Ds).

A Descarbonização foca nas emissões de carbono, a Descentralização na geração de energia próxima ao consumidor e a Digitalização significa transformação digital, tanto de documentos, quanto de atividades e serviços. Há quem adicione mais um D, de Design, ou seja, melhorar o desenho de edificações e veículos, para aumentar a Eficiência Energética.

E por aqui?

No Brasil, o setor energético não é o principal responsável pelas emissões de GEE. Além disso, a Matriz Energética e, principalmente, a nossa Matriz Elétrica, tem maior participação de energias renováveis e zero carbono que as matrizes mundiais.

Transporte

Nesta questão da Transição Energética, um dos maiores desafios está no setor de transportes, que utiliza principalmente combustíveis fósseis.

Para reduzir as emissões de GEE desse setor no Brasil, uma das iniciativas é o estímulo ao uso de biocombustíveis (relembre etanol e biodiesel e aprenda sobre o RenovaBio).

Também são discutidos os veículos elétricos, como o ônibus elétrico, que não emitem GEE no seu funcionamento.

Também se encontra em elaboração o programa Combustível do Futuro, que propõe medidas para incrementar o uso de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono.

ODS

Por fim, é importante mencionar também que a Transição Energética terá que ser justa e inclusiva para ter sucesso, considerando as prioridades e as possibilidades de cada país, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com informações da EPE
Edição: CONCEG Notícias