Em um marco considerado histórico para o Brasil, foi sancionada nesta terça-feira (08/10) pela Presidência da República, a lei do Combustível do Futuro, maior programa de descarbonização do setor de transportes e mobilidade do planeta.
A iniciativa, criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), impulsiona o surgimento de novas indústrias verdes no Brasil. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da cerimônia, na Base Aérea de Brasília, em ato solene que reuniu autoridades dos três poderes.
O programa irá destravar investimentos que somam R$ 260 bilhões em diversas áreas e ações, que vão evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037.
A assinatura foi realizada durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, com demonstração das principais tecnologias de descarbonização em atividade no país.
Em stands na área interna, estiveram representadas empresas e associações do setor energético, como a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) e Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), reforçando o compromisso das indústrias brasileiras com a descarbonização.
Potência energética
Durante a cerimônia, o presidente Lula destacou as potencialidades do Brasil, que vão garantir o sucesso do Combustível do Futuro. “O Brasil é o país que vai fazer a maior revolução energética do planeta Terra, e não tem ninguém para competir”.
O ministro Alexandre Silveira destacou a importância do programa para o futuro do Brasil. “Estamos tornando realidade uma verdadeira revolução agroenergética, colocando o Brasil na dianteira da nova economia: a economia verde”.
Combustíveis
Entre os novos combustíveis sustentáveis que serão produzidos com a nova indústria, estão:
- o diesel verde, produzido por meio da transformação de diferentes matérias-primas renováveis, como gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, etanol e biomassas – e que irá contribuir para a redução das emissões de carbono provenientes, sobretudo, de veículos pesados;
- o biometano, em alternativa do setor de gás natural – muito usado na mobilidade urbana em transporte de passageiros e para o transporte de cargas em veículos pesados;
- o Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês), obtido a partir de matérias-primas renováveis – que será usado no setor de aviação.
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Com informações do Ministério de Minas e Energia- MME
Edição: CONCEG Notícias