A participação de renováveis na matriz elétrica brasileira, em 2023, foi de 89,2%, conforme apurou o CONCEG Notícias, com base em dados divulgados do Boletim Energético Nacional- BEN 2024 (ano base 2023).
Esse percentual inclui todo o Sistema Integrado Nacional (SIN), os Sistemas Isolados e a Autoprodução não injetada na rede.
Ainda de acordo com o BEN 2024, a renovabilidade é calculada com base na Oferta Interna de Energias Elétrica (OIEE), ou seja, toda a geração nacional mais a importação líquida. O que inclui a parceria de Itaipu.
O Boletim assinala que a matriz elétrica brasileira apresentou mudanças em 2023, em função da estabilidade do regime hídrico, associado ao aumento da geração eólica e solar.
A geração elétrica (inclui a geração distribuída) em 2023, foi de 708.119 GWh), com aumento de 4,6% frente a 2022 (677.162 GWH).
A geração hidrelétrica em 2023 foi de 425.996 GWh e, no ano anterior, de 427.114. Assim, mantendo próxima da estabilidade, com queda de apenas -0,3%.
A produção eólica, por sua vez, chegou a 95.801 GWh em 2023, com incremento de 17,4% frente a 2022 (81.632 GWh).
A geração solar fotovoltaica teve aumento de 68,1%, saltando de 30.126 GWh em 2022 para 50.633 GWh em 2023.
Consta, ainda, que ao longo dos últimos 70 anos, a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira esteve sempre acima do patamar dos 70%, que é considerado elevado em relação aos valores mundiais.
“Nesse período, o incremento da geração eólica e solar fotovoltaica auxiliaram na manutenção da renovabilidade da Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE), mesmo em períodos de maior estresse hídrico no país. As políticas de incentivo à geração de eletricidade a partir de fontes renováveis contribuíram para a diversificação da matriz elétrica, demonstrando o esforço do país no processo de transição energética visando a redução de emissões e a segurança energética”,
destaca o estudo.
Sobre o BEN
Em cumprimento ao estabelecido em sua lei de criação, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) elabora e publica anualmente o Balanço Energético Nacional (BEN), mantendo tradição iniciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
O BEN tem por finalidade apresentar a contabilização relativa à oferta e ao consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.
O BEN é fruto de extensa pesquisa, constituindo-se como base de dados ampla e sistematizada, atualizada em ciclos anuais.
De suma importância para os estudos relacionados ao planejamento energético nacional, o BEN também tem se mostrado como importante instrumento de pesquisa para estudos setoriais, na medida em que apresenta estatísticas confiáveis, muitas vezes reveladoras de tendências, da oferta e do consumo de energia.
O documento é tido como referência para os dados de energia do país.
O Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional 2024 – ano base 2023, apresenta informações consolidadas sobre o quanto e como se usou energia no Brasil em 2023. (Com informações da EPE/MME)
Acesse aqui o Relatório Síntese do BEM 2024
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