Pipas e rede elétrica: uma combinação que gera riscos, transtornos e prejuízos

Com o fim do período chuvoso e o aumento dos ventos e da seca, a brincadeira com pipas se torna mais frequente nas cidades goianas. No entanto, essa diversão pode ser extremamente perigosa quando feita de forma irresponsável. 

Desde o começo do ano, o Centro de Operação Integradas da Equatorial Goiás (COI) registrou 213 ocorrências envolvendo pipas que acabaram encostando na rede de energia elétrica e interrompendo o fornecimento para alguns clientes.

As cidades com maior número de ocorrências este ano são Goiânia, Aparecida de Goiânia, Planaltina, Senador Canedo e Anápolis. 

Riscos

O gerente do COI, Vinicyus Lima, explica que, além do risco do rompimento de cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede provocam desgaste da fiação podem ocasionar curtos-circuitos e até choques elétricos.

“Nesses casos, equipes da distribuidora são mobilizadas imediatamente para realizar os reparos necessários e restabelecer o serviço o mais rápido possível”, afirma Vinicyus.

Ao todo, 28.204 clientes no estado foram afetados pela falta de energia causada por incidentes com pipas desde o começo do ano.

Esse cenário exige a realocação de recursos e equipes para retirar as pipas, realizar reparos e substituir partes dos fios danificados.

Linhas chilenas/cerol

A maioria das interrupções no fornecimento de energia está relacionada ao uso de linhas com cerol, também conhecidas como linhas chilenas.

A formulação do cerol geralmente contém uma substância que provoca curtos-circuitos e choques. Essas linhas também representam um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral.

“Se a pipa ficar presa em um componente da rede elétrica, a pessoa pode levar um choque de até 34.500 volts. É fundamental que os pais orientem seus filhos para evitar acidentes que podem ser fatais”,

alerta o gerente.

Vale lembrar que o uso de cerol ou da “linha chilena” é considerado crime pelo Código Penal Brasileiro. Além disso, no Estado de Goiás, a lei nº 21.079, de 8 de setembro de 2021, proíbe o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol.

Algumas dicas para soltar pipas com segurança:

• Não soltar pipas/arraias perto da rede elétrica. A linha pode conduzir a energia e provocar queimaduras;

• Escolha lugares abertos e espaços livres, como praias, campos de futebol, praças e parques;

• Se a pipa enroscar nos fios, nunca tente usar varas ou subir em postes para retirar;

• Não use material ou fio metálico para fazer pipas, pois conduzem eletricidade;

• Os “temperos” das linhas, feitos com vidro moído, também são extremamente perigosos, pois podem cortar os fios elétricos;

• Evite a utilização de “rabiolas”, pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais; 

• É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira;

• Atenção com motos e bicicletas. A linha pode ser perigosa para quem dirige estes veículos;

• Ao verificar pipas presas à rede elétrica, entre em contato com a Equatorial por meio dos canais de atendimento: Aplicativo Equatorial Goiás, disponível para download no Android e iOS; Agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br ou pelo Call Center 0800 062 0196;

Em caso de acidente envolvendo a rede elétrica

  • O local deve ser isolado para que não haja aproximação de outras pessoas; 
  • Não se deve retirar objetos ou pessoas que estejam em contato com fios da rede elétrica até que um profissional qualificado assegure que a energia foi desligada; 
  • – Acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Equatorial Goiás, pelo 0800 062 0196.

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Com informações da assessoria da Equatorial Goiás
Edição CONCEG Notícias