Em plena seca e neste mês de férias escolares, a brincadeira com pipas se torna mais frequente nas cidades goianas. No entanto, essa diversão pode ser extremamente perigosa quando feita de forma irresponsável.
Somente nos meses de junho e julho, o Centro de Operação Integradas (COI) da Equatorial Goiás registrou 61% de todas as ocorrências envolvendo pipas na rede de energia elétrica durante o ano 2024.
Na prática, cerca de 70 mil clientes foram afetados por interrupções no fornecimento de energia causadas por essa atividade, evidenciando um problema que vai além da simples recreação.
Aparecida de Goiânia lidera o ranking com o maior número de ocorrências este ano, totalizando 47 até agora, seguida por Goiânia com 18 e Santo Antônio do Descoberto com 8.
“Esses números não são apenas estatísticos; são famílias, hospitais, escolas e comércios que ficam sem energia, comprometendo o dia a dia de milhares de pessoas”, alerta o gerente do COI, Vinicyus Lima.
Custos e riscos
As ocorrências com pipas não afetam apenas o fornecimento de energia, mas também geram custos adicionais para a empresa e, consequentemente, para os consumidores.
A reposição de cabos, reparos na infraestrutura e a mobilização de equipes para solucionar os problemas causados pelas pipas são fatores que contribuem para esse aumento de custos.
Vinicyus Lima, explica que, além do risco do rompimento de cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede provocam desgaste da fiação, podem ocasionar curtos-circuitos e até choques elétricos.
“Nesses casos, equipes da distribuidora são mobilizadas imediatamente para realizar os reparos necessários e restabelecer o serviço o mais rápido possível.”
Perigo maior: cerol e linha chilena
Soltar pipas próximo da rede elétrica é extremamente perigoso.
A linha pode conduzir eletricidade, provocando queimaduras severas e até fatais. Além disso, a prática de usar cerol ou linha chilena – linhas cortantes feitas com vidro moído – é um agravante significativo.
No Estado de Goiás, a lei nº 21.079, de 8 de setembro de 2021, proíbe o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol.
“O uso de cerol e linha chilena é crime, mas mais do que isso, é uma ameaça à vida. Essas linhas podem cortar fios elétricos, causar apagões, ferir gravemente pessoas, ou pior, levar a algum acidente fatal”, reforça o gerente.
Algumas dicas para soltar pipas com segurança:
• Não soltar pipas/arraias perto da rede elétrica. A linha pode conduzir a energia e provocar queimaduras;
• Escolha lugares abertos e espaços livres, como praias, campos de futebol, praças e parques;
• Se a pipa enroscar nos fios, nunca tente usar varas ou subir em postes para retirar;
• Não use material ou fio metálico para fazer pipas, pois conduzem eletricidade;
• Os “temperos” das linhas, feitos com vidro moído, também são extremamente perigosos, pois podem cortar os fios elétricos;
• Evite a utilização de “rabiolas”, pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais;
• É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira;
• Atenção com motos e bicicletas. A linha pode ser perigosa para quem dirige estes veículos;
• Ao verificar pipas presas à rede elétrica, entre em contato com a Equatorial por meio dos canais de atendimento: Aplicativo Equatorial Goiás, disponível para download no Android e iOS; Agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br ou pelo Call Center 0800 062 0196;
Em caso de acidente envolvendo a rede elétrica
- O local deve ser isolado para que não haja aproximação de outras pessoas;
- Não se deve retirar objetos ou pessoas que estejam em contato com fios da rede elétrica até que um profissional qualificado assegure que a energia foi desligada;
- Acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Equatorial Goiás, pelo 0800 062 0196.
Com informações da Equatorial Goiás
Edição: CONCEG Notícias