Fumaça e fuligem das queimadas representam ameaça para rede elétrica. Entenda!

Diante do aumento no número de casos de queimadas no estado, a Equatorial Goiás alerta para as consequências que esses atos criminosos podem provocar na rede elétrica.

A fumaça produzida pelos incêndios carrega impurezas, fuligem e outros materiais que prejudicam os cabos e isoladores instalados nos postes e são fundamentais para o adequado funcionamento do sistema elétrico. 

 “Quando a fuligem se acumula, pode afetar o isolador, que está localizado no poste e sobre o qual o cabo passa. Dependendo da quantidade de fuligem presente na fumaça, essa substância pode deteriorar o isolador, levando a possíveis desligamentos e, em casos extremos, até mesmo ao rompimento dos cabos”, explica o gerente do Centro de Operações Integradas (COI) da Equatorial Goiás, Vinicyus Lima.

Além disso, o gerente explica que o calor gerado pela fumaça pode danificar outros equipamentos importantes presentes nos postes de energia.

“As chamas podem atingir as cruzetas, que são responsáveis por apoiar e organizar os cabos elétricos e, com isso, interromper imediatamente o fornecimento de energia”, afirma Vinicyus.

Fumaça 

Dessa forma, é importante ressaltar que não apenas o calor e as chamas podem provocar falta de energia, mas também a fumaça, já que a densidade e a quantidade de fuligem que ela transporta podem causar danos à rede elétrica como a redução da vida útil dos equipamentos.

A distribuidora atua intensamente no período de seca e reforça o monitoramento da rede de distribuição em tempo real no estado.

Quando uma queimada atinge cabos, o COI é acionado e imediatamente equipes iniciam manobras telecomandas para reduzir a afetação. Elas são uma alternativa da concessionária para reduzir o tempo de espera do cliente para o retorno do fornecimento.

Com elas é possível restabelecer o serviço para menos de um minuto em uma ocorrência que poderia durar horas, dependendo da situação.

Através das manobras, técnicos operam à distância os equipamentos e identificam trechos com defeito para imediatamente restabelecer o fornecimento.

Enquanto isso, técnicos são enviados ao local do incêndio para iniciar o serviço de reconstrução do trecho danificado.

Aumento de quase 90% em Goiás

De janeiro a agosto deste ano, a Equatorial Goiás registrou cerca de 150 focos de queimada que interferiram na rede de energia, enquanto em 2023 foram contabilizados 71, um aumento de cerca de quase 90%.

As cidades com o maior número de casos são Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Quirinópolis. No total, a distribuidora mapeou casos em mais de 70 municípios até o momento.

Ações preventivas

De olho neste cenário, a companhia intensifica ações preventivas na rede elétrica como limpeza de faixas de servidão e livramento da vegetação em contato ou próximo da fiação, principalmente nas redes de média e alta tensão, as maiores prejudicadas pelas queimadas.

A principal orientação, no entanto, continua sendo não provocar incêndios próximos à rede, já que em muitos casos, os focos são registrados em locais de difícil acesso, o que compromete o trabalho das equipes da distribuidora.

 Seguem orientações para evitar acidentes com queimadas:

  • Não jogar pontas de cigarro próximas às vegetações ou às margens de rodovias;
  • Não queimar lixos em qualquer cenário;
  • Não acender fogueiras, principalmente próximas à rede elétrica e/ou vegetações.

É importante lembrar que provocar queimadas, tanto em área rural quanto urbana, é crime com pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de gerar multa para quem realizar esse tipo de prática.

A concessionária reforça que os clientes podem e devem fazer denúncias de forma anônima por meio dos canais de atendimento: aplicativo Equatorial Goiás, disponível para download no Android e iOS; agência virtual no site www.equatorialenergia.com.br; e Call Center 0800 062 0196.

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Com informações da Equatorial Goiás
Edição CONCEG