O setor elétrico brasileiro é retratado de forma abrangente no Anuário Estatístico de Energia Elétrica 20 anos. A publicação especial é alusiva às duas décadas da Empresa de Pesquisa Energética, a EPE.
Ao longo dos seus 20 anos de história, a EPE consolidou-se como uma das principais referências em estatísticas de energia no Brasil e no mundo.
Dito isso, o CONCEG Notícias buscou um recorte da publicação, que trata especificamente do consumo de eletricidade na classe residencial. E os números retratados são interessantes.
Conforme a pesquisa, O consumo de energia elétrica da classe em 2004 foi de 78 terawatts-hora (TWh) e em 2023 chegou ao patamar de 165 TWh. Em duas décadas, portanto, crescimento acumulado de 111,54%. O que dá uma média de 5,4% de crescimento ao ano.
O TWh, para quem não sabe, é a unidade de medida da energia equivalente a 1000 giga-watts hora (GWh), ou seja, um bilhão de kilowatts-horas (kWh).
O anuário aponta que em 2023, o setor residencial respondeu por 31% do consumo total de eletricidade do país, sendo a classe com o segundo maior consumo, ficando atrás apenas do setor industrial, com 35% do consumo.
Os pesquisadores da EPE destacam que diversos fatores têm contribuído para a expansão do consumo de eletricidade das residências do Brasil nas últimas décadas.
Um deles é o crescimento do número de consumidores residenciais, resultado de novas ligações, programas de eletrificação do governo federal, ações de combate às perdas de energia elétrica através da regularização de consumidores e a interligação de localidades isoladas ao Sistema Interligado Nacional.
Além disso, é citado na pesquisa que o programa federal Bolsa Família, por meio da transferência de renda às famílias em situação de pobreza, tem ajudado a fomentar a demanda de eletricidade residencial no país.
Por fim, é destacado que o crescimento populacional e o aumento no número de domicílios também incentivaram para a expansão do consumo de eletricidade no Brasil nas duas últimas décadas.
Maior número
O Anuário da EPE traz ainda que o total de consumidores de eletricidade nas residências brasileiras aumentou gradativamente nos últimos 20 anos. Entre 2004 e 2023, o número de unidades consumidoras residenciais cresceu à taxa de 3,0% a.a., partindo em torno de 47 milhões para aproximadamente 82 milhões de consumidores.
A classe residencial concentra o maior número de unidades consumidoras de energia elétrica do país.
CONCEG Notícias
Com informações do Anuário Estatístico de Energia Elétrica 20 anos da EP
Veja aqui o anuário completo
