O mercado livre, com 61,5 TWh, respondeu por 43,2% do consumo nacional de energia elétrica no 4º trimestre de 2024, registrando crescimento de 10,8% no consumo e de 52,0% no número de consumidores, na comparação com mesmo período de 2023.
Os dados são do Boletim Trimestral do Consumo de Eletricidade, elaborado e divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A região Nordeste registrou a maior expansão do consumo (+13,8%), seguida pela região Sul (+12,4%), e teve também a maior expansão do número de consumidores livres (+77,0%).
Contribuíram para o resultado no mercado livre, principalmente, a expansão de 7,3% no consumo da parcela livre da indústria, e de 16,9% na parcela livre da classe comercial.
Já o mercado regulado das distribuidoras, com 80,8 TWh, respondeu por 56,8% do consumo nacional de eletricidade no quarto trimestre de 2024, queda de 4,4%. O número de unidades consumidoras aumentou 1,4% no período, mesmo com a migração de consumidores para o mercado livre.
No mercado regulado, a região Norte foi a única que registrou expansão do consumo (+1,7%) e teve também a maior expansão do número de consumidores cativos (+2,6%). O resultado do mercado regulado foi puxado principalmente pela alta de 1,0% no consumo residencial.
Mudança
O movimento de migração de consumidores cativos para o mercado livre permanece intenso após abertura para todos os consumidores do grupo A em janeiro de 2024, estabelecida na portaria do Ministério de Minas e Energia- MME 50/2022. Segundo relatório de migração do ACL da ANEEL de jan/2025, houve migração de quase 28 mil consumidores em 2024 (aumento de 68% em relação a dezembro de 2023) e há previsão de mais 14 mil migrarem em 2025.
A abertura do mercado livre tem mudado o perfil dos consumidores livres, ainda predominantemente industrial, ao permitir a migração de todo grupo A.
Assim, a participação da classe industrial no consumo livre total cai de 78,0% no 4º trimestre de 2023 para 75,5% no 4º trimestre de 2024 (-2,5 pontos percentuais), enquanto as classes: comercial, outros (principalmente serviço público de água, esgoto e saneamento) e rural atingem, respectivamente, 17,3% (+0,9 p.p.), 4,8% (+1,3% p.p.) e 2,5% (+0,3% p.p.) de participação.
Com informações da Empresa de Pesquisa Energética- EPE
Edição: CONCEG Notícias
Leia ainda: CONCEG reúne-se, faz deliberação e inicia mais um ciclo de treinamentos
