Em apenas três meses deste ano, o Estado foi atingido por mais de 3 milhões de descargas atmosféricas, conforme registros do sistema de monitoramento da Equatorial Goiás.
Esse volume representa uma média de 35 mil raios por dia. A análise é realizada em colaboração com o Climatempo e os técnicos do Centro de Operações Integradas (COI) da distribuidora, que monitoram em tempo real, 24 horas por dia, as condições climáticas em todo o Estado.
O grande volume de raios foi registrado em várias cidades, mas algumas se destacam com a maior incidência.
O levantamento mais recente feito pela concessionária de energia mostra que, de janeiro a março de 2024, os municípios com o maior número de descargas foram: Niquelândia (110.187), Mineiros (103.932), Rio Verde (93.735), Jataí (84.737), Serranópolis (79.898), Cavalcante (69.620), Nova Crixás (62.600) e Quirinópolis (55.179).
País tropical
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) alerta que o Brasil, por ser um país tropical, tem a maior incidência de raios do mundo. Regiões quentes como Goiás favorecem a formação de tempestades e descargas elétricas.
O aquecimento global tem gerado temperaturas extremas, temporais cada vez mais fortes e tem aumentado a quantidade de raios, segundo os pesquisadores.
Por isso, é fundamental estar preparado para os riscos associados a esses fenômenos naturais.
Impactos na rede elétrica
A intensidade das chuvas e o aumento na frequência de raios causam danos significativos à rede elétrica.
As descargas atmosféricas são responsáveis por aproximadamente 20% das interrupções no fornecimento de energia, além de ocasionarem curtos-circuitos, danos a equipamentos e até mesmo acidentes fatais.
Segundo o gerente do Centro de Operações Integradas da Equatorial Goiás, Vinicyus Lima, a queda de árvores, galhos e outros objetos sobre a rede tem um impacto considerável no fornecimento de energia durante tempestades.
“Nesses casos, a reconstrução da rede elétrica demanda mais tempo, pois é necessário substituir postes, trocar cabos e transformadores, além de remover a vegetação que é arremessada contra a rede”.
A atuação da concessionária é constante antes, durante e depois de temporais.
Com a rede afetada pelas descargas atmosféricas, os técnicos atuam prontamente na reconstrução do sistema elétrico, que é uma das prioridades da Equatorial desde que iniciou sua operação em Goiás, há mais de um ano.
A distribuidora investiu neste tempo mais de R$ 2 bilhões e está intensificando as manutenções na rede, principalmente na zona rural. O extenso cronograma de obras pode ser acompanhado no Trabalhômetro – https://trabalhometro-equatorialgo.com.br/
Vinicyus Lima destaca que a empresa possui um sistema de monitoramento de raios para acompanhar a evolução das tempestades e facilitar a mobilização das equipes de campo, visando reduzir o tempo de resposta em casos de interrupção no fornecimento de energia.
“Quando identificamos uma região e com previsão de chuvas e descargas atmosféricas, acionamos imediatamente as equipes de manutenção. Isso permite que os técnicos tenham mais tempo para planejar suas ações no local”,
explica.
Além das medidas preventivas já conhecidas, como evitar o uso de equipamentos elétricos durante tempestades e não se abrigar em locais abertos, a Equatorial
Goiás reforça a importância de seguir as orientações de segurança abaixo:
Cuidados dentro de casa:
- Evite o uso do celular, chuveiro, secador de cabelo e ferro elétrico conectados à tomada;
- Evite consertos de instalações elétricas;
Cuidados fora de casa:
- Não encoste em objetos metálicos como postes, cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas;
- Não toque em aparelhos elétricos com as mãos ou pés úmidos;
- Não tente carregar aparelhos móveis, como celulares, em locais úmidos;
- Nunca tente desligar ou religar energia da rede elétrica por conta própria;
- Evite estar em locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados.
Com informações da Equatorial Goiás
Edição CONCEG Notícias