Consumo de energia cresceu 8,5% em novembro, sob influência de ondas de calor

O consumo de eletricidade no Brasil registrou um crescimento de 8,5% em novembro de 2023, na comparação com o mesmo mês de 2022, segundo a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica.

O levantamento, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) é referente ao mês de dezembro (base novembro/2023).

Segundo os dados apurados pelo CONCEG Notícias, em novembro de 2023, o consumo de energia elétrica no Brasil foi de 46.407 Gwh. Em novembro de 2022, o consumo foi de 42.787 GWh. Portanto, incremento de 8,5%. Esse aumento, de acordo com a EPE, é consequência das ondas de calor que se propagaram em boa parte do país.

O consumo residencial passou de 12.950 GWh em novembro de 2022 para 14.787 GWh, com variação de 14,2%.

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Na mesma base comparativa, o consumo comercial teve expansão de 11,2%, passando de 7.738 GWh para 8.608 GWh. O consumo industrial foi de 15.393 GWh para 15.968 GWh, incremento de 3,7%. Nas demais classes, o consumo passou de 6.706 GWh para 7.044 GWh, aumento de 5,0%.

Nota-se, portanto, que o consumo de eletricidade cresceu em todas as classes, com destaque no consumo residencial.

Acumulado

No acumulado (janeiro a novembro), o consumo de energia elétrica no Brasil foi de 483.843 GWh em 2023. No ano anterior, foi de 466.211 GWh. Uma variação de 3,8%. Todas as classes apresentaram variação positiva para essa comparação, sendo: residencial (7,2%); industrial (1,8%); comercial (5,1%) e outros (0,5%).

Em 12 meses, o consumo foi de 527.073 GWh em 2023, contra 509.127 GWh em 2022, com incremento de 3,5%. Nesta base, o resultado por classes foi também dentro de indicadores positivos, sendo: residencial (3,5%); industrial (1,5%); comercial (4,8%) e outros (0,1%).

DESTAQUES DA RESENHA

  • Ondas de calor impulsionam o consumo de eletricidade. Consumo das classes residencial e comercial registram taxas de expansão superiores a 2 dígitos pelo segundo mês consecutivo;
  • Consumo industrial cresce 3,7% na média, expansão se dissemina por 31 dos 37 setores monitorados. Metalurgia e fabricação de produtos alimentícios lideram;
  • Calor extremo continua puxando o consumo de energia elétrica das residências. O consumo da classe bate recorde histórico;
  • Calor extremo e avanço do setor de comércio favoreceram a alta do consumo. Foi o maior valor já registrado para a classe.