Dados obtidos pelo CONCEG Notícias na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, apontam que o consumo nacional de energia elétrica, no mês de outubro, foi de 45.920 GWh. Esse, vale ressaltar, é o maior registro de alta no consumo desde o início da série histórica, em 2024.
Os dados da Resenha são elaborados e divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Segundo o levantamento, na comparação com outubro de 2022, houve um incremento de 8,1%.
Com 16.217 GWh, o consumo industrial de eletricidade acelerou e cresceu 3,2% em outubro, na comparação com mesmo período do ano anterior, a maior taxa dos últimos 13 meses. A expansão do consumo industrial ocorreu por todo o país.
A Resenha destaca que o consumo de energia elétrica das residências foi de 14.337 GWh, em outubro desse ano, com alta de 13,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Foi a maior taxa de variação mensal desde janeiro de 2005 e maior valor desde janeiro de 2004 (início dos registros da EPE).
O consumo das residências, ainda de acordo com o levantamento, foi puxado pelo uso, sobretudo, de condicionadores de ar, em função do calor extremo resultante do fenômeno meteorológico El Niño.
O consumo da classe comercial, por sua vez, avançou 12,2% em relação a outubro de 2022, chegando a 8.398 GWh.
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Foi a maior taxa de variação desde maio de2022 (+11,2%), porém, ainda menor do que a registrada em abril de 2022 (+12,9%).
Quarto mês consecutivo, com temperaturas acima da média histórica e um melhor desempenho do setor de comércio, favoreceram o consumo da referida classe no período.
Outras classes (iluminação pública, poder público, rural) registraram consumo de 6.968 GWh em outubro desse ano, contra 6.686 GWh em outubro de 2022, apresentando uma variação de 4,2%.
Acumulado
No acumulado de 12 meses, o consumo de energia elétrica no Brasil saiu de 508.210 GWh em 2020 para 523.452 GWh em 2023, uma variação de 3,0%.
Nesse recorte de 12 meses, o destaque foi para o consumo da classe residencial, que passou de 151.595 GWh em 2022 para 160.879 GWh em 2023, com uma variação de 6,1%.