Presidente da Equatorial Goiás fala de oscilações de energia e faz balanço de ações

O presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, concedeu entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira, 27/9, na sede da empresa, em Goiânia.

Durante o encontro, ele fez um balanço sobre as operações da distribuidora no estado, desde quando ela assumiu a concessão da Enel Distribuição Goiás, quase no final de dezembro de 2022.

Segundo ele, quando a Equatorial chegou em Goiás, encontrou uma rede “extremamente degradada”, com cerca de 44% dos transformadores com situação de sobrecarga, além de uma rede com 72% de sistemas monofásicos.

Lener Jayme informou que somente no primeiro semestre de 2023, a Equatorial investiu cerca de R$ 1,380 bilhão no estado. Ele citou que parte do investimento foi para expansão de rede para atender a enorme demanda reprimida que existia e que, segundo frisou, “ainda existe”.

“Nós não vendemos ilusões”, ressaltou o presidente, ao reconhecer que as dificuldades existem e vão existir ainda por algum tempo, mas que os investimentos estão sendo feitos para que haja, cada vez mais, uma melhora no serviço entregue aos clientes e com o compromisso de apoiar o crescimento de Goiás “e com a qualidade”.

Lener Jayme destacou que até pouco tempo, não se tinha oferta de energia para os principais distritos industriais, em Anápolis e em Aparecida de Goiânia.

Em Aparecida de Goiânia, citou, a distribuidora entregou ema nova subestação de energia. Já no DAIA, em Anápolis, foram disponibilizados mais 33 MVA de carga com um novo transformador e está sendo construída a linha de transmissão Pirineus-DAIA.

Ainda, em Anápolis, o presidente destacou que a subestação Universitária teve a sua capacidade triplicada. Nessa subestação, inclusive, estão localizados os dois maiores transformadores de Goiás, de 63 MVA cada.

Também foi citada a reinauguração da subestação Riviera-Parque Ateneu, para atender toda a região de Senador Canedo.

Lener Jayme também elencou uma obra que, segundo pontuou, era muito aguardada pelo setor rural: a subestação Jataí-JK. A obra já está em execução e deve ser entregue ainda este ano ou no mais tardar no início de 2024.

Outra obra importante, enumerou, foi a linha de transmissão Goianésia-Bairro Alto, que contempla uma região de grande atividade econômica, incluindo o segmento sucroalcooleiro e o de mineração.

Ainda conforme relatou, 221 subestações foram revitalizadas ao longo desse ano de 2023, espalhadas por todas as regiões de Goiás.

Aproximação

“E, mais do que isso, nos aproximamos dos clientes”, enfatizou o presidente, lembrando que quando a empresa chegou, havia apenas três gerências regionais. “Nós criamos 40 gerências”. Além disso, foram também criadas 5 superintendências. “Nós primamos por essa proximidade, por essa transparência”, sublinhou, acrescentando que todas as agências de atendimento foram reformadas e algumas criadas.

No balanço, Lener Jayme também contabilizou a realização de 221 mutirões operacionais distribuídos em todas as regiões de Goiás, com vários tipos de serviços, incluindo 150 mil podas de árvores; troca de lâmpadas e geladeiras, entre outros.

“A melhora é gradativa. Investimentos não vão faltar”, garantiu o presidente da Equatorial Goiás.

Conforme disse, essa percepção de melhora já vem sendo refletida em números. Já houve, segundo apontou, cerca de 50% de redução nas reclamações do Procon no primeiro semestre de 2023, comparativamente com o mesmo período de 2022. Ainda, 28% de queda de reclamação dos clientes nas agências reguladoras: AGR (Agência Goiana de Regulação) e ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). E cerca de 20% de redução de reclamações por meio do call center e outros canais da própria empresa.

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“Nós somos a quarta distribuidora do país que mais evoluiu no Índice de Satisfação de Qualidade Percebida pelo Cliente da Abradee (Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica) e, no Centro-Oeste, a que mais evoluiu.

Problemas

O presidente também falou sobre os problemas ocorridos em relação às quedas e oscilações de energia.  Problema que, na sua avaliação, é de âmbito nacional, em razão do aumento de carga em todo o país, na casa de 7%, conforme o Operador Nacional do Sistema, sobretudo, em razão das altas temperaturas.

Em Goiás, explicou Lener Jayme, teve região onde o aumento de carga foi na casa de 16%, devido ao calor. “É algo completamente inusitado”, observou.

“E a rede é degradada e tem sobrecarga”, reforçou, dizendo que é justamente essa sobrecarga que está fazendo acontecer os “desarmes” que estão ocorrendo.

Além disso, o presidente ponderou que há também problemas na transmissão e tudo isso impacta na rede e impacta no cliente.

Essa onda de calor tem afetado todo o país, mas nós vamos passar por essa situação”, afiançou, destacando que a automação no sistema vai contribuir para reduzir essas intercorrências, reduzindo o número de clientes afetados.

Outra característica dessa época do ano, com temperaturas mais elevadas e aumento de carga, o sistema tem na ponta os irrigantes que precisam acionar os pivôs, aumentando ainda mais a carga.

“A tendência é que os roteamentos se reduzam gradativamente”, pontuou.

Lener Jayme apresentou investimentos da Equatorial em Goiás, cerca de R$ 1,3 bi