O consumo de eletricidade no Brasil registrou 3,4% de crescimento no segundo trimestre desse ano (abril a junho), na comparação com o mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Trimestral da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A publicação, vale ressaltar, é realizada em complemento à Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica e visa ampliar a disseminação de informação acerca dos principais movimentos do mercado de eletricidade no país.
Na edição atual, de número 14, o boletim traz um panorama sobre o comportamento do consumo de eletricidade nas classes comercial, industrial e residencial.
Segundo o Boletim trimestral, a classe residencial foi a que registrou maior expansão, considerando o recorte da análise, ou seja, abril a junho de 2023 o mesmo período de 2022. O crescimento foi de 6,6%.
O setor de comércio e serviços registrou uma expansão de 4,2% e o industrial, por sua vez, teve incremento de 1,8%, dentro do comparativo.
O consumo de energia elétrica nas residências do Brasil, no segundo trimestre, foi de 39,5GWh.
Segundo a pesquisa, ajudam a explicar o aumento do consumo de eletricidade na classe residencial o aumento da temperatura e o clima mais seco, em decorrência do fenômeno climático El Ninho
Outros fatores que contribuíram com a expansão do consumo residencial foram o aumento do número de consumidores residenciais, a redução das perdas de energia, a melhora na qualidade de operação das distribuidoras (diminuição do DEC e do FEC) e, mesmo, segundo o estudo, a melhora de renda das famílias.
No segundo trimestre de 2023, o consumo de eletricidade no setor comercial e de serviços foi de 23,95%, com crescimento de 4,2% em relação a 2022. Esse aumento, conforme o Boletim da EPE, deve-se ao bom desempenho no setor, favorecido, por exemplo, pelo fim do estado de calamidade pública da Covid-19. Inclusive, favorecendo o segmento do turismo.
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Além disso, também os fatores climáticos e aumento da base de consumo, juntamente com a expansão da renda, favoreceram a ampliação do consumo no setor comercial e de serviços, dentro do recorte da análise.
Já o consumo na classe industrial (via rede elétrica) foi de 47,1 TWh no segundo semestre de 2023, com expansão de 1,8% frente a 2022, no mesmo período.
Um dos setores que ajudou a impulsionar esse crescimento foi o de extração de minerais metálicos, com aumento de 8,9% de consumo de energia elétrica.
Conforme o estudo, entre os 10 setores mais eletrointensivos da indústria, seis apresentaram expansão.
O setor com maior participação no consumo é o metalúrgico: 25,7%. Esse segmento registrou alta de 5,8% dentro do quadro analisado.
Centro-Oeste
O Boletim Trimestral destaca que a região Centro-Oeste aumentou 6,5% o consumo de eletricidade no primeiro trimestre (abril-junho) na comparação imediata com o primeiro trimestre (janeiro-março) desse ano.
Goiás, maior mercado de consumo da região, avançou 11,7% no período analisado. Os demais estados também registraram taxas positivas de consumo, sendo: mato Grosso do Sul (4,7%); Mato Grosso (2,9%) e Distrito Federal (0,9%).
Acesse AQUI o Boletim trimestral completo divulgado pela EPE
